sábado, 2 de fevereiro de 2013

Achando água no sertão



Muitas vezes nos acostumamos  com uma situação que já não acreditamos que ela pode mudar. Isto acontece no sertão, em meio a tanta desolação causada pela falta d'água, às vezes para o sertanejo é difícil acreditar que ele  pode existir uma fonte perene de água abaixo de seus pés.

Sorte nossa que algumas pessoas trabalham para reverter essa situação. O camarada de camisa verde aí em baixo é Francisco Said um geólogo um dos percussores de um modelo de investigação de águas subterrâneas através do uso da eletricidade, que ele mesmo descreve no artigo  PERFIS ELÉTRICOS, UM MODELO POSITIVO com este método ele é capaz de identificar a existência de água no subsolo e a profundidade necessária para atingi-la.


   


Para mim isso foi a possibilidade de ver um sonho realizado. 


Há alguns anos tinha um sonho de cavar um poço nas terras da minha familia, compartilhando com meu tio Antônio a  ideia ele me falou de uma planta que mesmo no período de seca ela não secava, ele acreditava que ali daria água.

O geologo falou que o primeiro ponto que eles investigam é aquele que a intuição do filho da terra aponta. Armamos o aparelho ali que apresentou uma quantidade pequena d'água e a 30 metros dali foi achado o ponto com a vazão necessária.

Lá no sertão de Miraíma-CE, nas terras onde nasceu minha mãe, e de onde passei a minha vida toda a ouvir histórias tristes causadas pelas secas, achamos aguá a menos 60 metros do chão com vazão superior a 1.000 m3 por hora.

 


Foi bom ter acreditado.